Crise econômica acarreta recessão profunda em 25 anos

 

nelson hubner

 

 

Taxa de desemprego do país cresceu para 8,5% na média do ano passado (2015), a maior já medida pela Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), iniciada em 2012. Os dados foram  divulgados pelo IBGE no último mês de março. Ou seja, é a maior taxa de desemprego da série histórica da pesquisa. O número de pessoas que procurou emprego sem encontrar estava em 9,087 milhões no último trimestre de 2015. Um aumento de quase 30% em relação a 2014.  Outro impacto que soma a  crise brasileira é  do PIB. Segundo previsões  de alguns economistas do mercado financeiro se as expectativas se confirmarem  o PIB (Produto Interno Bruto) terá o maior “tombo” desde 1990 – quando recuou 4,35%, ou seja, em 26 anos. Toda essa  soma  negativa acarretou uma recessão  profunda em 25 anos, onde o país apresenta  um processo de piora desde o  ano passado. A queda de produção e do consumo, a arrecadação federal de impostos e contribuições caiu em 7% em março e no primeiro trimestre de 2016  foi de 8,2%. Foram  os piores resultados desde 2010, de acordo com a Receita.

Nelson Hubner  presidente  da AECIC (Associação de Empresas da Cidade Industrial de Curitiba) diz que o processo da crise econômica já vem   de muitos anos atrás. “ Hoje a crise afunilou,  se agravou. Com o PIB negativo a crise afeta as empresas de pequeno, médio e grande porte.  Quem acaba pagando a conta  é o trabalhador empregado e o trabalhador empregador ”, afirma Hubner.

Os números não deixam dúvidas  que a situação econômica não anda nada bem. Isso faz com que empresários adiem investimentos e novos empreendedores aguardem momentos menos incertos para iniciar projetos. Sobreviver é imperativo.

Embora o governo mascare o caos que o país vem vivendo todos sabem que a crise ocorre  por falta de gerenciamento,  credibilidade e confiança do governo e da sua equipe. É muito óbvio, pois o brasileiro está sentindo o reflexo no bolso.

Previsão para 2016

Aos empreendedores,  cujo investimentos não estão sendo altos sustentáveis, uma alternativa diante  de  tantas incertezas no país  é recorrer  às cooperativas de créditos   e usar uma planilha de gastos mensais.  Hubner diz que a flexibilidade  e persistência são muito importante. “O ideal é que se faça uma planilha de custo real e a carregue debaixo do braço para não vender seu produto  a baixo do  custo”, comenta. Também  enfatiza que o grande desafio não será somente para 2016, mas para os próximos anos,  que é recuperar  o setor produtivo  e  gerar riquezas suficiente para atender as demanda sociais.

Acredita que a recuperação da economia no país só ocorra em 2018, e  mais precisamente uma década para se  estabilizar completamente. “ Nosso trabalho é grande”.

“O setor produtivo,  hoje,  vive para pagar impostos e bancos. Bancos  com juros extorsivos e governo com altos impostos, dentro deste contexto, o que se vê é uma quebradeira geral. Temos que continuar a acreditar no futuro, com equilíbrio e responsabilidade, pois não há males que dure para sempre  e não existe estado ou país desenvolvido sem uma indústria forte e competitiva”,  finaliza.